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Na sua proposta, as PEA têm por base os REA, mas não se limitam à sua construção nem ao acesso a arquiteturas abertas de aprendizagem, na medida em que a aprendizagem é um processo de construção e partilha, cuja qualidade pode ser externamente validada, o que, por sua vez, que implica uma mudança das culturas educacionais.
Em janeiro de 2010, na reunião inicial do projeto OPAL , os representantes das sete instituições representadas (a European Foundation for Quality in eLearning (EFQUEL), a Universidade de Tecnologia de Helsínquia, o International Council for Open and Distance Education , a Universidade Católica Portuguesa, a Open University (UK), a UNESCO e a Universidade de Duisburg-Essen) publicaram um documento intitulado “Open educational practice - approaching a definition for a new concept” . Neste documento, é patente a preocupação com a qualidade das experiências de aprendizagem, indissociáveis do contexto em que ocorrem, sendo proposta a validação das experiências como alternativa a um modelo de transferência de conhecimento, num percurso de aprendizagem ao longo da vida. Os especialistas introduzem um outro aspeto fundamental, assumindo a relevância do papel da aprendizagem social, com base na colaboração decorrente do processo de utilização, modificação e partilha de recursos educacionais, nomeadamente através de social bookmarking, wikis , recolha de recursos. A interação social proporciona a passagem de um modelo de transferência de conhecimento para um modelo de práticas sociais. Além disso, é também referido que as PEA podem efetivamente representar uma ponte entre as experiências de aprendizagem formal e informal, na medida em que os recursos de aprendizagem criados num ambiente formal podem ser transportados para um ambiente informal e vice-versa. No entanto, para que isso aconteça, é necessário alterar a natureza do funcionamento das organizações educativas, que se têm assumido como centros de aprendizagem, com base no tradicional papel de detentoras do conhecimento.
Também em 2010, Conole e Ehlers publicam um artigo com algumas das primeiras conclusões do projeto OPAL, num Workshop da UNESCO sobre Recursos Educacionais Abertos . No artigo, os autores avançam com a seguinte definição:
Open Educational Practices (OEP) are the use of open educational resources with the aim to improve quality of educational processes and innovate educational environments. (Conole&Ehlers, 2010:3).
Esclarecem que o adjetivo "aberto" qualifica a natureza do ambiente de aprendizagem, em que o estudante cria o seu próprio conhecimento, a partir dos recursos que vai reunindo e que depois modifica e partilha, construindo a sua própria aprendizagem, com aconselhamento por parte dos professores e validação por parte destes e dos seus pares. Este ambiente existe em oposição a ambientes de aprendizagem fechados, normalmente centrados em objetivos definidos num ambiente externo à própria aprendizagem. Os autores propõem um modelo de três fases, que permitem posicionar as organizações educativas num contínuo de abertura:
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