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Personal Learning Network , em português traduzido por Rede Pessoal de Aprendizagem, é a rede que cada indivíduo constrói, dinamiza e onde aprende através da partilha em âmbito de uma aprendizagem informal pelas redes sociais ou outros espaços da web. É um conceito recente que consiste numa aprendizagem social colaborativa e aberta. Este tema consiste num projeto de tese de doutoramento em que se pretende estudar a génese, gestão e a dinâmica da rede pessoal de aprendizagem de uma comunidade de investigadores.
A evolução tecnológica cria novos desafios à educação e aos investigadores, que vivem hoje em rede. Uma rede que é composta por indivíduos que fazem parte do nosso quotidiano em que partilham interesses, recursos, pensamentos, hiperligações, insights e piadas, entre muitas outras coisas, mas o fundamental é que enriquecem a nossa vida profissional e pessoal (Weller, 2011).
Numa análise interessante sobre aquilo que designou como digital scholarship, Weller (2011) compara o uso das ferramentas que utilizou como investigador e as atuais: os livros – foram acedidos via biblioteca online, e-books e audiobook ; as revistas – através de duas bases de dados online: Google Scholar e o Mendeley ; Delicious/social bookmarking; Blogues; YouTube, Wikipedia, Slideshare, Scribd, Cloudworks; Twitter; rede pessoal, conferências e seminários. Os indivíduos digitais de um mundo aberto definem-se menos pelas instituições a que pertencem e mais pela rede e identidade digital que estabelecem.
Por isso, as características da Web 2.0 , que motivam e facilitam a proliferação das ferramentas que permitem criar, editar, simular, comentar, partilhar texto, som, imagem e vídeo, são ótimas ferramentas para dar valor ao Personal Learning Environments (PLEs) e provocar uma aprendizagem em rede (Mota, 2009) e permitir uma aprendizagem social colaborativa e aberta através da sua Personal Learning Network (PLN).
Tanto o PLE como a PLN fundamentam-se conceptualmente no conectivismo de Siemens e Downes. A premissa fundamental do conectivismo consiste na ligação do indivíduo através de nós (os pontos de conexão, que trazem conteúdo ou facilitam a interação) dentro de uma rede, e que posteriormente produz conhecimento através das ligações estabelecidas (Downes, 2012; Siemens, 2012; Morrison 2013). O conhecimento é, para estes autores, literalmente, o conjunto de ligações formadas por ações e experiências. Isto implica uma pedagogia que (a) procura descrever as redes de sucesso – identificando as suas propriedades, descritas por Downes (2012) como sendo diversidade, autonomia, transparência e conectividade; e (b) procura descrever as práticas que levam a essas redes, tanto no indivíduo como na sociedade - caracterizada como práticas de adaptação e de demonstração (por parte de um professor) e, prática e reflexão (por parte do investigador). De acordo com o conectivismo, a) a aprendizagem ocorre como um processo distribuído numa rede, com base no reconhecimento e interpretação dos padrões; b) o processo de aprendizagem é influenciado pela diversidade da rede, i. é, a força dos laços; c) a memória consiste em padrões adaptativos representantes da conectividade do estado atual; d) a transferência ocorre através de um processo de conexão; e, e) o melhor para a aprendizagem complexa são domínios de aprendizagem em permanente mudança (Siemens, 2005a; Downes, 2012).
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